A Operação Barba Ruiva, ou «Barbarosa», foi o maior ataque militar da história da humanidade, quando os exércitos
combinados da Alemanha, Finlândia, Hungria e Roménia atacaram
conjuntamente a União Soviética sem declaração de guerra.
O ataque feito em três frentes destinava-se a atacar Leninegrado no sector norte, Moscovo no sector central e Kiev no sector sul.
Segundo os planos da operação determinados pelo próprio Hitler a operação deveria ser rápida e incisiva, com o envolvimento de grandes forças russas pelas pinças das forças blindadas alemãs, com o objectivo de desarticular as forças soviéticas, cerca-las e extermina-las.
O objectivo de «Barbarossa» era a destruição completa da União Soviética, reduzindo a Rússia a um estado tributário empurrado para oriente dos montes Urais, e para a extensão da estepe siberiana, para onde também seriam enviados os sobreviventes e os indesejáveis.
Estava previsto que a União Soviética fosse vencida em 12 semanas, devendo a operação acabar portanto em 22 de Setembro, antes do inicio do inverno russo.
A operação, preparada para o inicio da Primavera, foi atrasada por causa dos acontecimentos nos Balcãs, com a operação contra a Jugoslávia e posteriormente contra a Grécia, que acabou por resultar num atraso e na marcação do inicio da operação para 22 de Junho de 1941.
Se a invasão da União Soviética tivesse ocorrido no inicio de Maio, «Barbarossa» provavelmente teria terminado antes do inicio do inverno Russo.
Confiantes na inevitabilidade da vitória, os dirigentes alemães (especialmente Hitler) não tinham considerado qualquer preparação para combater no inverno. E mesmo com a necessidade de atrasar o inicio da operação em mais de um mês, os alemães não alteraram os seus planos.
A maior operação militar da História
O dispositivo alemão
A força de invasão alemã dividia-se em três grandes grupos de exércitos, cada um com objectivos definidos:
O grupo norte, comandado por Von Leeb era o mais pequeno e estava composto pelo 18º exército, o 16º exército e o 4º exército blindado, este último colocado numa posição central. Esta força destinava-se a tomar os estados do Báltico e a dirigir-se contra Leninegrado.
O grupo central, sob o comando de Von Bock era constituído pelo 9º exército, pelo 4º exército (o mais poderoso exército alemão em 1941), juntamente com o 3º exército blindado e o 2º exército blindado. Tratava-se do ponto de vista da operação do mais importante grupo, pois possuía dois exércitos blindados, os quais inicialmente tinham como objectivo uma operação em «pinça» para cercar os exércitos soviéticos na região de Bialystok, mas que posteriormente poderiam ser utilizados em apoio das forças dos outros dois grupos (o que veio a acontecer, quando os blindados do gen. Guderian inflectiram para sul, para apoiar a tomada de Kiev).
O grupo sul, sob o comando de Von Rundstedt incluía o 6º exército, o 17º exército e o 1º exército blindado. Além destas forças, a sul, na Roménia, sob o seu comando estavam os 3º e 4º exércitos romenos e entre estes dois exércitos, o 11º exército alemão.
De forma isolada, na fronteira finlandesa, uma outra ofensiva seria levada a cabo pelo exército finlandês, que no entanto só actuará uma semana depois do ataque inicial e com o objectivo de recuperar o território que a URSS tinha subtraído à Finlândia em 1939.
O efectivo de blindados alemães disponíveis antes da invasão da URSS era o seguinte:
877 x Panzer I (metralhadora 7,9mm)
1,074 x Panzer II (canhão de 20mm)
170 x Skoda 35(t) (canhão de 37mm)
754 x CKD 38(t) (canhão de 37mm)
350 x Panzer III (canhão de 37mm)
1,090 Panzer III (canhão de 50mm)
517 x Panzer IV (canhão de 75mm cano curto)
O dispositivo soviético
Os exércitos da União Soviética, estavam dispostos em profundidade e numa posição eminentemente defensiva. Esta disposição foi resultado de ordens directas de Estaline para evitar hostilizar os alemães.
As forças soviéticas também estavam dispostas em três grandes comandos, embora não coincidentes com os alemães.
A norte, a Frente de Noroeste, com o comando do general Kuznetsov, dispunha de dois exércitos, o 8º e o 11º. Alguns dias após a invasão, será criado o comando norte, quando se torna evidente o objectivo alemão de tomar Leninegrado.
A sul deste e na Frente Ocidental soviética, correspondente à Bielorússia, estavam três exércitos sob o comando do general Pavlov, a saber, o 3º, o 10º (armado com grande quantidade de T-34) e o 4º. A este juntava-se um comando sob a responsabilidade do grupo de exércitos (13º exército) que geria unidades independentes.
No sudoeste , os soviéticos tinham colocado as suas forças mais poderosas, com um total de seis exércitos sob o comando do marechal Budenny, e com o general Kirponos no comando operacional.
Este grande grupo de exércitos, com mais de 1.000.000 de efectivos contava acima de tudo com a força do 5º e do 6º exércitos (mais de metade dos tanques T-34 concentrados em duas divisões), os quais tinham atribuídos cada um deles seis divisões de tanques e que estavam directamente em contacto com as forças alemãs na Polónia ocupada.
Mais para sul, Kirponos tinha dispostos mais quatro exércitos, em frente às fronteiras da Hungria e da Roménia. Estes eram o 26º, o 12º, o 18º e 9º exércitos.
Forças blindadas soviéticas
As forças blindadas do exército vermelho estavam compostas pelos seguintes veículos:
Tanques ligeiros: 15.622
400 - T-27
2.400 - T-37
1.200 - T-38
222 - T-40
400 - T-18M
11.000 - T-26
Tanques médios : 7.467
6.000 - BT-5 / BT-7
500 - T-28
967 - T-34
Tanques pesados : 548
40 - T-35
508 - KV-1
O ataque feito em três frentes destinava-se a atacar Leninegrado no sector norte, Moscovo no sector central e Kiev no sector sul.
Segundo os planos da operação determinados pelo próprio Hitler a operação deveria ser rápida e incisiva, com o envolvimento de grandes forças russas pelas pinças das forças blindadas alemãs, com o objectivo de desarticular as forças soviéticas, cerca-las e extermina-las.
O objectivo de «Barbarossa» era a destruição completa da União Soviética, reduzindo a Rússia a um estado tributário empurrado para oriente dos montes Urais, e para a extensão da estepe siberiana, para onde também seriam enviados os sobreviventes e os indesejáveis.
Estava previsto que a União Soviética fosse vencida em 12 semanas, devendo a operação acabar portanto em 22 de Setembro, antes do inicio do inverno russo.
A operação, preparada para o inicio da Primavera, foi atrasada por causa dos acontecimentos nos Balcãs, com a operação contra a Jugoslávia e posteriormente contra a Grécia, que acabou por resultar num atraso e na marcação do inicio da operação para 22 de Junho de 1941.
Se a invasão da União Soviética tivesse ocorrido no inicio de Maio, «Barbarossa» provavelmente teria terminado antes do inicio do inverno Russo.
Confiantes na inevitabilidade da vitória, os dirigentes alemães (especialmente Hitler) não tinham considerado qualquer preparação para combater no inverno. E mesmo com a necessidade de atrasar o inicio da operação em mais de um mês, os alemães não alteraram os seus planos.
A maior operação militar da História
O dispositivo alemão
A força de invasão alemã dividia-se em três grandes grupos de exércitos, cada um com objectivos definidos:
O grupo norte, comandado por Von Leeb era o mais pequeno e estava composto pelo 18º exército, o 16º exército e o 4º exército blindado, este último colocado numa posição central. Esta força destinava-se a tomar os estados do Báltico e a dirigir-se contra Leninegrado.
O grupo central, sob o comando de Von Bock era constituído pelo 9º exército, pelo 4º exército (o mais poderoso exército alemão em 1941), juntamente com o 3º exército blindado e o 2º exército blindado. Tratava-se do ponto de vista da operação do mais importante grupo, pois possuía dois exércitos blindados, os quais inicialmente tinham como objectivo uma operação em «pinça» para cercar os exércitos soviéticos na região de Bialystok, mas que posteriormente poderiam ser utilizados em apoio das forças dos outros dois grupos (o que veio a acontecer, quando os blindados do gen. Guderian inflectiram para sul, para apoiar a tomada de Kiev).
O grupo sul, sob o comando de Von Rundstedt incluía o 6º exército, o 17º exército e o 1º exército blindado. Além destas forças, a sul, na Roménia, sob o seu comando estavam os 3º e 4º exércitos romenos e entre estes dois exércitos, o 11º exército alemão.
De forma isolada, na fronteira finlandesa, uma outra ofensiva seria levada a cabo pelo exército finlandês, que no entanto só actuará uma semana depois do ataque inicial e com o objectivo de recuperar o território que a URSS tinha subtraído à Finlândia em 1939.
O efectivo de blindados alemães disponíveis antes da invasão da URSS era o seguinte:
877 x Panzer I (metralhadora 7,9mm)
1,074 x Panzer II (canhão de 20mm)
170 x Skoda 35(t) (canhão de 37mm)
754 x CKD 38(t) (canhão de 37mm)
350 x Panzer III (canhão de 37mm)
1,090 Panzer III (canhão de 50mm)
517 x Panzer IV (canhão de 75mm cano curto)
O dispositivo soviético
Os exércitos da União Soviética, estavam dispostos em profundidade e numa posição eminentemente defensiva. Esta disposição foi resultado de ordens directas de Estaline para evitar hostilizar os alemães.
As forças soviéticas também estavam dispostas em três grandes comandos, embora não coincidentes com os alemães.
A norte, a Frente de Noroeste, com o comando do general Kuznetsov, dispunha de dois exércitos, o 8º e o 11º. Alguns dias após a invasão, será criado o comando norte, quando se torna evidente o objectivo alemão de tomar Leninegrado.
A sul deste e na Frente Ocidental soviética, correspondente à Bielorússia, estavam três exércitos sob o comando do general Pavlov, a saber, o 3º, o 10º (armado com grande quantidade de T-34) e o 4º. A este juntava-se um comando sob a responsabilidade do grupo de exércitos (13º exército) que geria unidades independentes.
No sudoeste , os soviéticos tinham colocado as suas forças mais poderosas, com um total de seis exércitos sob o comando do marechal Budenny, e com o general Kirponos no comando operacional.
Este grande grupo de exércitos, com mais de 1.000.000 de efectivos contava acima de tudo com a força do 5º e do 6º exércitos (mais de metade dos tanques T-34 concentrados em duas divisões), os quais tinham atribuídos cada um deles seis divisões de tanques e que estavam directamente em contacto com as forças alemãs na Polónia ocupada.
Mais para sul, Kirponos tinha dispostos mais quatro exércitos, em frente às fronteiras da Hungria e da Roménia. Estes eram o 26º, o 12º, o 18º e 9º exércitos.
Forças blindadas soviéticas
As forças blindadas do exército vermelho estavam compostas pelos seguintes veículos:
Tanques ligeiros: 15.622
400 - T-27
2.400 - T-37
1.200 - T-38
222 - T-40
400 - T-18M
11.000 - T-26
Tanques médios : 7.467
6.000 - BT-5 / BT-7
500 - T-28
967 - T-34
Tanques pesados : 548
40 - T-35
508 - KV-1
Mapa da situação táctica em 22 de Junho de 1941, quando começou a
operação Barbarossa. Notar que as setas indicam o movimento dos quatro
grupos blindados alemães, que serviram de base à movimentação dos
restantes exércitos.
O desenrolar das operações
Às primeiras horas da manhã de 22 de Junho (um Domingo) a Luftwaffe
destrói milhares de aviões soviéticos no chão e a fronteira começa a ser
atravessada em inúmeros pontos. A aviação soviética é alias a arma mais
afectada, pois as perdas são tremendas e os aviões russos praticamente
desaparecem dos céus. Há notícia de alguns ataques levados a cabo por
bombardeiros russos que foram mandados atacar sem qualquer protecção de
caças.
O descalabro foi completo, a maioria dos aviões abatidos no chão e os que sobravam foram utilizados de forma absolutamente incompetente.
Em terra, os objectivos alemães começam a ser tomados rapidamente, com a principal operação em «pinça» a ser levada a cabo pelo avanço dos dois exércitos blindados do grupo de exércitos centro «Mitte». Os tanques do general Hoth deverão encontrar-se com os tanques de Guderian em Minsk, a capital da Bielorússia.
O descalabro foi completo, a maioria dos aviões abatidos no chão e os que sobravam foram utilizados de forma absolutamente incompetente.
Em terra, os objectivos alemães começam a ser tomados rapidamente, com a principal operação em «pinça» a ser levada a cabo pelo avanço dos dois exércitos blindados do grupo de exércitos centro «Mitte». Os tanques do general Hoth deverão encontrar-se com os tanques de Guderian em Minsk, a capital da Bielorússia.
Embora a operação tenha ocorrido com relativa facilidade para os
alemães, as forças russas em presença são bastante entanto poderosas. Os
soviéticos contam com mais tanques que todos os exércitos do mundo
juntos.
Embora os generais soviéticos nos relatórios que enviam a Estaline,
afirmem que os seus tanques são tanques para caçar pardais, como que a
justificar a sua incompetência, a verdade é que os carros de combate
russos estão melhor armados que os carros de combate alemães.
Os tanques médios russos BT-7, estão armados com peças de 47mm, enquanto que os tanques alemães estão equipados com canhões de 37mm e 50mm.
Além disso, os russos dispunham já na altura de várias centenas de
tanques T-34 e KV-1, contra os quais os alemães pura e simplesmente não
tinham nenhuma arma eficaz.
Onde estão os T-34 ?
Uma das questões que normalmente se coloca é a da superioridade técnica
dos tanques russos de nada ter servido durante os dias críticos que se
seguiram a 22 de Junho.
Sabemos que cerca de 1,000 tanques T-34 estavam concentrados em dois corpos mecanizados.
Na região de Byalistok ficaram a 4ª e a 7ª divisões de tanques (VI corpo
mecanizado, pertencente ao X exército soviético, comandado pelo general
Golubiev). Estas duas divisões possuíam pelo menos duas centenas de
T-34, embora os valores sejam conflituantes.
O outros grande corpo blindado armado com estes carros de combate era o
IV corpo mecanizado, adstrito ao 6º exército do general Musyishenko.
Sabe-se que esta força foi completamente destroçada em apenas 15 dias. O
VI exército soviético, que contava com quase 979 tanques em 22 de
Junho, estava reduzido a 126 em 7 de Julho. Dois terços dos veículos
eram T-34 e KV-1.
Razões que explicam o colapso soviético
Razões que explicam o colapso soviético
A principal razão da catástrofe do lado russo, prende-se acima de tudo
com a incompetência generalizada dos comandantes do exército vermelho, a
que se juntou a utilização de tácticas ultrapassadas e desajustadas.
Os comandos de várias unidades soviéticas insistiam em pura e
simplesmente separar os tanques da infantaria, enviando muitas vezes os
tanques para atacar um ponto e a infantaria para atacar ou defender
outro.
Como os exércitos russos não tinham blindados para o transporte de
pessoal, não podiam fazer a infantaria acompanhar os tanques, que no
caso dos BT-7 por exemplo, eram veículos extremamente rápidos.
A completa falta de sistemas de comunicação eficazes e o facto de os
soldados russos nem sequer saberem operar rádios piorava a situação. As
unidades russas ainda dependiam de sinalização com bandeiras no campo de
batalha.
Além disso, os russos optam por ataques frontais contra os alemães, os
quais pura e simplesmente evitam o contacto directo e circundam os
tanques russos.
Os tanques soviéticos médios e pesados muitas vezes são perdidos não
contra o fogo inimigo mas sim porque a logística russa falhou
completamente e não consegue abastecer as unidades com combustível ou
com munições. Milhares de armas soviéticas são destruídas para evitar
que caiam nas mãos dos alemães.
Há notícia de que um comandante russo, chega a conduzir uma divisão
blindada inteira até atingir os pantanos a sul do Pripet, onde a maioria
dos tanques se afunda na lama.
Stalin:
O ditador soviético era um antigo criminoso georgiano que entrou na
vida política. O seu regime de terror já tinha assassinado mais de 30
milhões de pessoas quando começou a guerra.
Era tal o terror que inspirava, que os soldados preferiam morrer no campo de batalha a render-se, com medo da vingança de Stalin sobre as suas famílias. |
Os russos têm mais medo de Estaline que dos alemães
Os primeiros relatórios enviados pelos generais alemães para a toca do
lobo, o quartel general de Hitler na Prussia oriental, relatam a
resistência dos soldados russos, a qual era inesperada. OS alemães
esperavam que os russos se rendessem aos milhares quando o comandante
fosse morto.
No entanto isso não aconteceu.
Durante muito tempo, a historiografia soviética defendeu que a
resistência aos alemães tinha sido resultado do grande amor à santa mãe
Rússia, mas a tese, ainda que continue a ser aceitável hoje na Russia,
tem perdido adeptos.
Aparece hoje como muito mais provável, que muita da resistência
desesperada dos russos até à morte tivesse muito mais a ver com a
brutalidade do sistema repressivo soviético.
Os soldados eram ameaçados regularmente de que se morressem poderiam ser
heróis de guerra e as suas famílias seriam ajudadas, mas que se se
rendessem, podiam até salvar as suas vidas, mas as suas famílias seriam
severamente punidas com tortura ou deportação, o que era sinónimo de
morte nos campos da Sibéria.
Esta explicação, em vista dos dados conhecidos, é muito mais razoável que a que foi apresentada durante muitos anos.
Contra-ataques desastrados
Logo nas primeiras semanas do conflito, o comandante do grande grupo de
exércitos do sul, o impulsivo Budenny, querendo cobrir-se de glória,
decide efectuar um ataque contra os romenos, partindo do principio de
que assim cortará o abastecimento de combustível aos alemães.
Budenny, um cossaco que acredita que os tanques são como cavalos, ataca
de forma desastrada e as suas tropas acabam ficando cercadas pelos
alemães.
Os cercos de forças russas são aliás comuns e catastróficos durante a fase inicial da operação.
Na operação de cerco alemã entre Bialystok e Minsk, os russos são cercados e perdem 324000 homens, 3332 tanques e 1809 pelas de artilharia. Mais tarde na bolsa de Ouman, as baixas atingem 103.000 homens 317 tanques e 1.100 peças de artilharia. Os desastres sucedem-se e as perdas russas somam centenas de milhar e ultrapassam em muito um milhão, durante os primeiros 15 dias da guerra.
Na operação de cerco alemã entre Bialystok e Minsk, os russos são cercados e perdem 324000 homens, 3332 tanques e 1809 pelas de artilharia. Mais tarde na bolsa de Ouman, as baixas atingem 103.000 homens 317 tanques e 1.100 peças de artilharia. Os desastres sucedem-se e as perdas russas somam centenas de milhar e ultrapassam em muito um milhão, durante os primeiros 15 dias da guerra.
No entanto, embora com uma resistência desorganizada e com grandes
perdas, os planos alemães começaram a apresentar problemas desde o
primeiro dia, sem que estes lhes tenham dado a importância adequada. A
resistência russa em grandes bolsas impedia o normal avanço das forças
alemãs e os atrasos vão-se acumulando.
A operação Barbarossa, deveria estar concluída em 12 semanas, mas a 22
de Setembro, as forças alemãs ainda estavam muito longe de Moscovo e o
seu avanço era cada vez mais lento.
A surpresa das armas russas também afecta psicologicamente os soldados
alemães. Nos altos comandos do Reich, os tanques russos são uma
surpresa, embora vários relatórios menosprezados por Hitler, tivessem
deduzido que os russos tinham tanques superiores aos alemães [1].
O progresso alemão será rápido, devastador para os russos, mas
encontrará pela primeira vez uma medida do que vai acontecer no futuro
quando se dá a primeira grande batalha da guerra entre Alemanha e
Rússia, que será a batalha de Smolensk.
Os blindados soviéticos: Algumas surpresas, outras nem tanto.
É costume referir que os alemães se surpreenderam especialmente com os
carros de combate soviéticos, especialmente os T-34. ISso é verdade,
embora os alemães tenham encontrado essencialmente o T-26 (que sabiam
poder ser destruido facilmente pelo Panzer III) e o BT-7, que
consideravam ser o carro mais dificil de abater por causa da sua
rapidez.
Tanto os T-26 quanto os BT-7, ainda que melhor armados que os carros
alemães foram presas fáceis, tanto dos blindados como dos canhões de
infantaria de 37mm.
As surpresas
Mas se os alemães contavam com o T-26 e com o BT-7 (os quais já
conheciam da guerra civil de Espanha), os carros T-34 e KV-1
constituíram uma desagradável surpresa para os alemães.
No entanto, a organização soviética, embora tivesse concentrado os T-34
em poderosas unidades blindadas, não tinha desenvolvido doutrinas que
permitissem tirar vantagem das qualidades dos carros russos.
A falta de rádios, a falta de comunicações e um sistema de apoio
logístico que falhou desde as primeiras horas, condenaram ao fracasso
mesmo os mais poderosos carros de combate soviéticos.