-->

06/03/2011

Haiti, um país que ainda o fazem esquecido.



12 de janeiro de 2010.  16:53hs.

A terra tremeu para os haitianos. A situação naquele país já não era boa e, naquele dia, piorou ainda mais. Sete graus de magnitude na escala Richter destruíram quase que por completo o país em poucos segundos, sendo o epicentro a poucos quilômetros da capital Porto Príncipe. A situação humanitária do país mais pobre das Américas ficou totalmente caótica. Pelo menos 316 mil pessoas morreram, 300 mil ficaram feridas, 4 mil foram amputadas e mais de 1,5 milhão ficaram desabrigadas.

Mas as perdas não foram somente para os haitianos. Diversos brasileiros que estavam no país também perderam suas vidas. A maioria deles eram militares das forças de paz da ONU, além do diplomata Luiz Carlos da Costa (segundo comandante da missão de paz) e da médica fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
A imprensa sensacionalista noticiou de forma exaustiva o acontecimento. Mas, e hoje? Como está o país? A miséria ainda está lá, marcando presença, imperando e corroendo o país totalmente. Os dois milhões de habitantes da capital vivem completamente cercados por lixo, pois a empresa responsável pelo recolhimento simplesmente faliu. A água potável é artigo de luxo, quem não pode pagar lava a comida, o corpo, a roupa no esgoto que corre a céu aberto nas ruas da cidade.

Somas de dinheiro, sem precedentes, foram prometidas para a reconstrução do país, mas pouco chegou às mãos do governo. Enquanto isso, 1,5 milhão de haitianos ainda vivem em acampamentos improvisados espalhados pelo país. A ONU declarou que a prioridade, neste ano, será  de acelerar a recuperação do Haiti. No entanto, devido à corrupção existente no país, o repasse de valores foi suspenso até que seja realizado novo processo eletivo previsto para março/2011.


O processo de recuperação deve durar meses ou anos diante da magnitude do trabalho no campo conforme foi noticiado pela ONU, em particular a reparação ainda pendente de 180 mil casas destruídas, a limpeza de toneladas de escombros e o restabelecimento dos serviços básicos para as milhares de pessoas que ainda aguardam para serem realocadas.

Um agravante da situação do país é a epidemia de cólera que, desde outubro de 2010, atinge a população o qual ficou ainda mais frágil para ajudar, como material humano, na reconstrução do país. A epidemia já deixou 3.481 mortos e foi registrado 157 mil casos da doença, segundo o Ministério da Saúde do Haiti.

Com o terremoto, o país que já era “ocupado” por 4 mil ONGs de diversos países, viu esse contingente de voluntários aumentar. Hoje são 10 mil organizações voluntárias atuando no Haiti, o que rendeu ao país o apelido de “República das ONGs”.

Educação

A educação no país também sofreu abalos com o terremoto que destruiu ou danificou as 4.000 escolas do país. Hoje, 80% das escolas pertencem ao setor privado. Na falta de melhores alternativas, alguns pais se submetem a  essas escolas, mesmo que sejam caras. Alguns deles pagam, por exemplo, cem dólares por semestre, o que obriga a família a sacrificar uma refeição por dia. É um sacrifício enorme.

E, onde está a imprensa sensacionalista agora???

E pensar que tudo poderia ser diferente...
Save the Children !!!

Nenhum comentário: